terça-feira, 31 de janeiro de 2017
sábado, 28 de janeiro de 2017
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
Modelos de avaliação dos Sistemas Educativos
A importância da avaliação das escolas decorre de duas tendências que marcam a
generalidade dos países europeus, designadamente, a descentralização de meios e a
definição de objectivos nacionais e de patamares de resultados escolares (Eurydice, 2004).
A avaliação das organizações escolares é hoje uma necessidade inquestionável que emerge das políticas de descentralização, seguidas por diversos Estados, da pressão no sentido da melhoria da qualidade da educação e da exigência da prestação de contas.
Desde então, o debate sobre a qualidade e a avaliação das escolas ocupa lugar de destaque nas agendas políticas dos governos, “a qualidade da educação, das escolas e da aprendizagem tem sido a grande preocupação educativa dos últimos anos, quer a nível internacional quer a nível nacional” (Santos, 1997, p.161).
No entanto, é consensual que a avaliação do desempenho docente contribuirá para o sucesso escolar dos alunos. Os resultados alarmantes dos últimos anos deram azo a que a Comissão Europeia e os Ministérios da Educação dos Estados Membros se preocupassem em definir uma estratégia concertada que permitisse responder ao fenómeno da globalização, melhorar os resultados dos aprendentes e o seu sucesso escolar. A implementação de medidas comuns, consubstanciou-se na Estratégia de Lisboa.
A avaliação das organizações escolares é hoje uma necessidade inquestionável que emerge das políticas de descentralização, seguidas por diversos Estados, da pressão no sentido da melhoria da qualidade da educação e da exigência da prestação de contas.
Desde então, o debate sobre a qualidade e a avaliação das escolas ocupa lugar de destaque nas agendas políticas dos governos, “a qualidade da educação, das escolas e da aprendizagem tem sido a grande preocupação educativa dos últimos anos, quer a nível internacional quer a nível nacional” (Santos, 1997, p.161).
No entanto, é consensual que a avaliação do desempenho docente contribuirá para o sucesso escolar dos alunos. Os resultados alarmantes dos últimos anos deram azo a que a Comissão Europeia e os Ministérios da Educação dos Estados Membros se preocupassem em definir uma estratégia concertada que permitisse responder ao fenómeno da globalização, melhorar os resultados dos aprendentes e o seu sucesso escolar. A implementação de medidas comuns, consubstanciou-se na Estratégia de Lisboa.
De
acordo com Roggero (2002) “Combinando, de um lado, a análise das formas
institucionais e os procedimentos utilizados e, de outro, as representações que
fundamentam essas políticas ou modelos de avaliação, é possível definir três
grandes modelos de avaliação: o inglês, o francês e o finlandês” (p. 31).
Assim, o modelo de avaliação inglês corresponde a um sistema educativo muito
descentralizado no qual a concorrência entre estabelecimentos é encorajada pela
livre escolha dos pais. No modelo francês, a avaliação do sistema educativo é,
geralmente, de natureza qualitativa e realiza-se no Ministério da Educação nacional,
que está encarregado de duas estruturas: as inspecções e a administração da
educação nacional: a primeira assegura a avaliação profissional dos professores
e das formações e a segunda avalia os estabelecimentos escolares e o
funcionamento administrativo do Ministério.
No
que diz respeito ao modelo de avaliação finlandês, tem-se em linha de conta os
valores da comunidade educativa, o conhecimento de seus recursos próprios e as
expectativas dos atores exteriores à escola. Os estabelecimentos gozam de uma forte
autonomia que é acompanhada pela avaliação externa. Além disso, é integrado um
conjunto de indicadores que diz respeito à eficácia funcional do
estabelecimento, à sua responsabilidade financeira e aos resultados escolares e
culturais obtidos. As formas de auto-avaliação dos estabelecimentos são também
usadas no quadro das avaliações externas realizadas tanto pelas coletividades
regionais e locais quanto pelas autoridades nacionais.
No
entanto, cada sociedade tem o seu sistema educativo, o que leva Durkheim a
afirmar que “(…) existem tantos sistemas
de educação quanto de sociedades” (Roggero, 2002, p. 32). Esta ideia é ainda
reforçada por este autor ao sustentar que “Esses três exemplos - o inglês, o
francês e o finlandês - não bastariam para representar a totalidade dos
sistemas de avaliação da União Europeia” (idem, p. 37). Por conseguinte, cada
sistema educativo deverá dar resposta à sociedade onde está inserido,
atualizando-se e auto regulando-se. Nesta perspetiva, Ramos (n.d., p. 2)
salienta que “No plano da investigação científica em Educação, a literatura
distingue cinco traços de modernização dos sistemas educativos que sublinham a
importância do desempenho profissional dos professores e da eficácia do ensino.
A
emergência de uma cultura de desempenho e a perceção de que é preciso medir a
eficácia dos profissionais de ensino para estabelecer comparações (Carley
1988); A
tendência para aumentar os mecanismos de prestação de contas e a perceção da
necessidade de ter informação que possa ser dada aos parceiros (pais,
autoridades locais, interesses culturais e económicos) sobre a eficácia
individual e organizacional (Norris 1988; Power 1999; Whitty et al. 1998); O
desenvolvimento das escolas como organizações aprendentes, o qual assenta na utilização
inteligente de um conjunto de informações sobre o desempenho dos alunos, da
escola e dos professores para melhorar a qualidade educativa oferecida e a dos
resultados das aprendizagens dos alunos (MacBeath et al. 2002); A
preocupação com a eficácia educativa, relativamente à equidade social e
educativa (Slee et al 1998; Weiner 2002).”
A aprendizagem ao longo da vida e a formação profissional dos docentes
possibilitarão a melhoria da eficácia do ensino, o sucesso escolar dos alunos e
a redução do absentismo e abandono escolares.
Inspeção Geral de Educação
– Avaliação Externa das Escolas (2011). Recuperado em 10 de
junho de 2012, de: http://www.ige.min-edu.pt/upload/Relatorios/AEE_Relatorio_2009-2010.pdf
Ramos, Conceição Castro (n.d.). Novos caminhos de avaliação de professores: tendências e estratégias. (Recurso disponibilizado no espaço da Unidade Curricular
Ramos, Conceição Castro (n.d.). Novos caminhos de avaliação de professores: tendências e estratégias. (Recurso disponibilizado no espaço da Unidade Curricular
Roggero, Pascal (2002).
Avaliação dos sistemas educativos nos países da União Europeia: de uma
necessidade problemática a uma prática complexa desejável. EccoS
revista científica, dezembro, año/vol. 4, número 002, Centro Universitario
Nove de Julho, São Paulo, Brasil, pp. 31-46. Recuperado em 10 de junho de 2012,
de:http://redalyc.uaemex.mx/pdf/715/71540203.pdf
Eurydice (2004). A avaliação dos estabelecimentos de ensino à lupa. http://eacea.ec.europa.eu/ressources/eurydice/pdf/0_integral/060PT.pdf. (Acedido em 17 de Dezembro de 2009)
MacBeath, J., Meuret, D. & Schratz, M. (1997). Projecto-piloto europeu sobre avaliação da qualidade na educação escolar. Guia prático de auto-avaliação. Bruxelas: Comissão Europeia.
Santos, M. E. B. (1997). Qualidade das escolas. Inovação, 10, 2-3, 161
https://pt.slideshare.net/tejinha/modelos-de-avaliao-dos-sistemas-educativos
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